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Calendário 2022 da Pró-Academia

Lembrando o Prof. Carvalho Calero

A jeito de presente de reis, a Associação Pró Aglp vem de lançar um calendário homenagem ao Professor Carvalho Calero para 2022. O calendário está disponível para a descarga em dous formatos, Parede ou Mesa desde o blogue da Pró Aglp.

Feliz ano!

Apresentação em Ferrol da "Antologia da Poesia em Galego - Ernesto Guerra da Cal"

 No dia 22 de dezembro, exatamente 110 anos e três dias após o nascimento de Ernesto Guerra da Cal, foi apresentada a Antologia de poesia em galego: Ernesto Guerra da Cal, no lugar em que ele nasceu, em Ferrol. O evento correu na capela do Centro Cultural Torrente Ballester e participaram neste Tiago Alves Costa, em representação da Através editora; Joel Gomes, como especialista em Guerra da cal; a cantora Maria Giménez Fernández e os membros da AGLP, Paulo Fernandes Mirás (coordenador da antologia) e Isabel Rei Samartim (guitarrista e professora no Conservatório Profissional de Santiago de Compostela). 

O ato começou com a introdução e apresentação do Tiago. A seguir, o Joel fez uma síntese da vida e obra do Ernesto Guerra da Cal. Depois, o Paulo recitou vários dos poemas da Antologia acompanhado pela música da Isabel e fechou o ato com a Maria, com interpretação musical da Isabel novamente.

O público recebeu muito positivamente o trabalho feito e agradeceu com um grande aplauso o final do evento.

 Galeria de imagens (abaixo).

Mais informação

  • Publicado em Eventos

2ª edição de "Guerra de Grafias - Conflito de Elites" de Mário J. Herrero Valeiro

A ATRAVÉS EDITORA vem de publicar a segunda edição desta obra do nosso académico MÁRIO J. HERRERO VALEIRO

Com motivo deste lançamento, disponibilizamos, com autorização do autor, o prólogo "Da eterna queda dos insetos. Grafias, ou formigas, na Galiza (do capitalismo) terminal" que fecha esta segunda edição. [  Abaixo]


Que é o galego? Quem fala esta língua? Nos 70/90 conformaram-se os grupos que lutam pola hegemonia social e política na hora de responder estas peguntas: o reintegracionismo e o autonomismo. O livro de Mário J. Herrero Valeiro repassa o jogo glotopolítico que levou a que uma das duas estratégias, a autonomista, alcançasse o estatuto da oficialidade bem como as relações com os detentores do poder político.

Ainda que a sua fundamentação ideológica começa já a se desenvolver nas últimas décadas do século XIX e continua ao longo dos dous primeiros terços do XX, esta guerra de elites enfrenta desde a década de 1970 os defensores da independência glotopolítica do galego em relação ao português (autonomistas, diferencialistas, isolacionistas) e os defensores da unidade glotopolítica do galego-português (reintegracionistas, lusistas, regeneracionistas). A posição legitimada é desde 1982-83 a diferencialista, através da sua sanção legal polo governo autónomo galego (exercido na altura polo partido nacionalista espanhol Alianza Popular). No poderoso valor simbólico que representa a ortografia, este conflito exprime-se na oposição entre determinados traços gráficos e/ou morfológicos aos quais se lhes concede (ou antes, aos quais alguém “atribui”) um alto valor significativo, indéxico de ideologias e identidades e de distribuição do poder social: a utilização de Ñ frente à de NH, a de LL frente à de LH, -ción frente a -ção ou -çom, presença ou ausência de Ç ou SS, -ble ou -bel frente a -vel (amable/amábel /vs/ amável), assimilação ou não do artigo determinado às formas verbais finalizadas em -R ou -S, diferentes acentuações gráficas, etc. Ainda que o diferencialismo é também defendido e, o que entendemos como aspeto fundamental, sustentado polos setores nacionalistas espanhois que detêm e usufruem o poder institucional, estas tuas tendências – na atualidade e polo menos numa parte dos seus precedentes históricos – podem ser inseridas com maior ou menor clareza num nacionalismo galego em que se enfrentam grupos com ideologias linguísticas irredutíveis.

MAIS INFORMAÇÃO:

 

 

Antologia da poesia em galego de Ernesto Guerra da Cal

O nosso académico correspondente Paulo F. Mirás acaba de dar a lume a Antologia da poesia em galego de Ernesto Guerra da Cal num completo volume editado pola ATRAVÉS EDITORA e que conta também com o carimbo da AGLP.

O professor Paulo F. Mirás é também o autor da ANTOLOGIA DA POESIA EM GALEGO de RICARDO CARVALHO CALERO (2019), na mesma editora e a biografia de Ricardo Carvalho Calero (2020) publicada na editora Ir Indo.

Paulo Fernandes Mirás nasceu em Ordes e cursou estudos superiores na cidade da Corunha, onde realizou as carreiras de Inglês, Galego e Português; os mestrados de Literatura Cultura e Diversidade e de Professorado de Educação Secundária Obrigatória, Formação Profissional e Ensino de Idiomas. Está a fazer o Doutoramento em Literatura atualmente. É professor de língua e literatura galega e Académico Correspondente da AGLP.

Ernesto Guerra da Cal (Ferrol 1911 – Lisboa 1994) foi escritor, filólogo e catedrático da New York University. É um dos mais reconhecidos estudiosos de Eça de Queiroz e, para além da sua dilatada carreira como ensaísta, foi um grande poeta. Entre outras honras e galardões que recebeu, foi acolhido como Doutor Honoris Causa das universidades da Baía e de Coimbra e foi reconhecido como Membro da Academia das Ciências de Lisboa e da Associaçom Galega da Língua (AGAL).

 

Nota do antologista

A escolha dos poemas contidos nesta antologia pretende mostrar os traços que caracterizam a lírica de Ernesto Guerra da Cal. Nela achamos influências medievais, um exaustivo desenho estrutural de cadência visual, mitologia grega e religiosa, erotismo, ironia e um profundo e amplificado sentido existencial que se purifica e amplifica segundo avançamos através dos diversos livros em ordem cronológica. Existencialismo metafísico, o sentido da vida, da morte, de Deus, acompanhados com o passar do tempo, a exploração da memória e dos seus ângulos, a infância e a terra onde estão afincadas as origens do poeta.

Para além do conteúdo, notificamos que os poemas foram escolhidos nas suas versões últimas sempre que existirem várias. Mantivemos o desenho poético no versificado e corrigimos as gralhas que achamos nas diferentes publicações. Descartamos as divisões nos poemários para simplificar e melhorar a deglutição dos poemas, para além de omitir as letras iniciais da produção que faziam parte do “Abecedário desfalcado” (A A..., A B..., A C... etc.) contido em Futuro imemorial, do qual só incluímos algum dos poemas, já que sem estar todos, carecia de sentido manter o início com cada letra do alfabeto. Para além disto, também suprimimos os inúmeros trechos e referências a autores e autoras que aparecem nos poemários, deixando somente os que encabeçavam os poemas, pois o poeta utilizava as diferentes divisões dos poemários para introduzi-los e estas foram eliminadas, como comentado anteriormente.

Como no caso de outros autores, como Carvalho Calero, Guerra da Cal mudou a ortografia segundo aprendia e a sua consciência linguística tomava o leme da sua produção poética. É por isto que a denúncia da situação da Galiza e o seu estado linguístico são temas recorrentes nos prólogos dos poemários e mesmo nalguns dos seus poemas. Tomamos como base para elaborar esta antologia, como indicamos na bibliografia: Lua de Além-Mar, Rio de Sonho e Tempo, Futuro imemorial, Deus, Tempo, Morte, Amor e outras bagatelas e Caracol ao pôr-do-sol, publicações datadas entre 1959 e 1991, ainda que alguns poemas foram escritos com anterioridade. Para as pessoas interessadas neste autor, é recomendável ler a obra Ernesto Guerra da Cal, do exílio a galego universal (2015), publicada na Através editora da mão de Joel R. Gômez, o maior especialista no poeta que aqui tratamos.

Finalmente, agradecer à mencionada editora a possibilidade de reviver os versos do professor e poeta Ernesto Guerra da Cal, à nossa família e amizades. Esperemos que este pequeno contributo ajude a fazer justiça e a elevar a obra literária deste grandíssimo intelectual para colocá-la no lugar que merece, longe da fria pedra do esquecimento, sob o sol da lembrança, para que o espelho dos anos seja indulgente com a sua sombra e o seu volume. Obrigado a todas e a todos.

Paulo Fernandes Mirás

 

Poemários de Ernesto Guerra da Cal

  • Guerra da Cal, Ernesto (1959). Lua de alén Mar. Vigo: Galaxia.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1961). “Poemas”, Papeles de Son Armadans, Tomo XXI, nº LXIII, 266-290. Madrid-Palma de Mallorca: Imprenta Messèn Alcover.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1963). Rio de Sonho e Tempo. Vigo: Galaxia.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1966). “Seis motivos do eu”, Papeles de Son Armadans, Tomo XLI, nº CXXIII, 285-291-. Madrid-Palma de Mallorca: Imprenta Messèn Alcover.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1985). Futuro imemorial (Manual de velhice para principiantes). Lisboa: Livraria Sá da Costa Editora.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1987). Deus, Tempo, Morte, Amor e outras bagatelas. Lisboa: Livraria de Sá da Costa Editora.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1990). Espelho cego. Málaga: Plaza de 35 La Marina.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1991). Lua de Além-Mar e Rio de Sonho e Tempo. A Corunha: AGAL.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1991). Caracol ao pôr-do-sol. A Corunha: AGAL. (publicado em 2001)
  • Guerra da Cal, Ernesto (1992). “Mester de Poesia”, AGÁLIA (nº 31), 393-410.
  • Guerra da Cal, Ernesto (1993). “Entressonho e Cavilação”, AGÁLIA (nº33), 58-63.
  • Guerra da cal, Ernesto (2000). “Ramalhete de poemas carnais”, em José Luís Rodríguez (ed.), Estudos dedicados a Ricardo Carvalho Calero, vol. II, 71-80. Santiago de Compostela: Parlamento de Galicia e Universidade de Santiago de Compostela.

 

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