Info Atualidade (419)

"Cantares Galegos" no Centro Social Gomes Gaioso da Corunha

António Gil Hernández e Xavier Vásquez Freire
apresentarão a edição em AO da obra de Rosalia de Castro

PGL - A 19 de novembro, sexta-feira, às 20 horas, o Centro Social Gomes Gaioso da Corunha acolhe a apresentaçom dos Cantares Galegos, primeira ediçom desta magnífica obra de Rosalia de Castro seguindo as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

António Gil Hernández e Xavier Vásquez Freire serám os encarregados de apresentar este trabalho, promovido pola Academia Galega da Língua Portuguesa (AGLP), editado por Edições da Galiza e disponível para compra na loja Imperdível, entre outros locais.

Em entrevista publicada polo PGL a 13 de outubro, o professor Higino Martins, coordenador desta ediçom dos Cantares Galegos, explicava, acerca das dificuldades do trabalho, que estas nom foram «maiores que as do estudo da história da língua», porque «os falares galegos som os restos maravilhosos da língua comum, têm a vantagem de ser um tesouro que venceu o túnel do tempo. A fantasia de viajar no tempo nas nossas mãos». Destarte, o processo foi «similar ao do norueguês, do checo ou do hebreu. Certo que ainda sem os recursos do estado, pelo que cumpre opor a resistência heroica, que muitas vezes compromete o pam».

Poeta musical

Para o professor Martins, a competência musical de Rosalia ainda é «pouco conhecida», e há dados biográficos que a mostram como «virtuosa em vários instrumentos», o qual influi também na medida e nos ritmos acentuais da sua obra.

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"aPorto", cursos de português no Porto


O programa Galicia por Diante, da Rádio Galega, realizou a 9 de junho uma alargada reportagem sobre o aPorto, cursos de português na cidade do Porto, organizados em parceria pola AGAL e Andaime. Durante perto de 20 minutos passaram polo programa o presidente da AGAL e académico da AGLP, Valentim Rodrigues Fagim, e Paula Lubián, aluna na passada edição dos cursos, que explicaram todos os detalhes de uma atividade cuja segunda edição arranca em agosto.

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"Viagem às nascentes da língua portuguesa"

Sob a organização do Instituto Cultural Brasil-Galiza

Um grupo de escritores e artistas brasileiros da fotografia e outras artes, convocados pelo editor português Vítor Alegria, administrador da editora Thesaurus e radicado em Brasília desde 1960, visitarão Compostela e Rianjo o domingo, dia 12, e segunda-feira, 13 de junho.

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Academia homenageia professor Carvalho Calero

Carvalho Calero (1910 - 1990)

AGLP organiza ato em homenagem a Carvalho Calero, 28 de outubro, às 19h30, no salão de atos da Biblioteca Ângelo Casal, Rua João XXIII, Santiago de Compostela. Neste evento confluem 3 especialistas na obra do saudoso professor, apresentados pela académica Concha Rousia:

  • 1ª Palestra: "Evocação da pessoa de Carvalho Calero por um discípulo".
    Relator: José Luís Rodríguez, catedrático de Filologia Galega e Portuguesa da USC.

  • 2ª Palestra: "Uma visão da língua de Ricardo Carvalho Calero".
    Relator: António Gil Hernández, Secretário da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da AGLP.

  • 3ª Palestra: "A codificação no modelo ortográfico, morfológico e lexicográfico em Scórpio de Ricardo Carvalho Calero".
    Relator: Xavier Vásquez Freire, poeta e adaptador de Scórpio para o Acordo Ortográfico.

Coincidindo com 100ª aniversário do nascimento do professor Ricardo Carvalho Calero, esta semana estão a realizar-se diversos atos de homenagem organizados por diversos coletivos e entidades, que encerrarão com chave de ouro no dia 30 de outubro, na data exata do centenário, quando às 11 da manhã será colocada uma estátua dedicada ao professor ferrolano na Alameda de Santiago de Compostela.

Mais info:

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AGLP em Bragança nos atos do 5 de outubro

Logótipo Câmara Municipal de BragançaNa comemoração do aniversário da República e na reunião da Academia de Letras de Trás-os-Montes

PGL - A Academia Galega da Língua Portuguesa participa, por convite do Presidente da Câmara Municipal de Bragança, nos atos comemorativos do aniversário da República, além de estar na reunião da Academia de Letras de Trás-os-Montes.

A representação será levada pelos académicos Joám Trilho e Luís Gonçales Blasco. Nos atos oficiais do centenário da República Portuguesa, que terão início às 10 horas no Auditório Paulo Quintela, participará o professor Luís Gonçales Blasco.

À mesma hora, na Biblioteca Municipal, o professor Joám Trilho tomará parte da reunião geral da Academia de Letras de Trás-os-Montes, em representação do presidente da AGLP. Estes eventos constituem o vigésimo ato oficial internacional da Academia Galega no ano 2010, depois de ter participado em diversos encontros em Bragança, Brasília, Florianópolis, Lisboa, Porto, Rio de Janeiro e São Paulo.

Fonte original:

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Higino Martins: «A esperança, ao editar Rosalia, baseia-se na convicção de que tem poder para mudar a consciência nacional galega»

Entrevista ao professor Higino Martins,
coordenador da edição em AO de Cantares Galegos

PGL - O professor Higino Martins realiza mais uma achega à literatura galega e à nossa história. A edição segundo o Acordo Ortográfico de 1990 dos Cantares Galegos, de Rosalia de Castro constitui uma das publicações mais destacadas da Galiza neste 2010, sobretudo a nível internacional.

O Portal Galego da Língua contactou-o para conhecer o que oferece o interior deste clássico readaptado, e as considerações de uma das cabeças que engendrou tão importante e complicado encargo, que agora vê a luz graças a Edições da Galiza (em colaboração com a AGLP) que se pode comprar na loja Imperdível.

PGL: Como foi recebida esta nova edição de Cantares Galegos?

Higino Martins: Morando em Buenos Aires, onde não há distribuição, não estou em condições de o valorizar. Através da Rede e dos correios, os ecos parecem positivos. Ao cabo, em mim o maior peso tem-no a convicção da potência da obra de Rosalia.

PGL: Qual o objetivo desta nova edição do clássico de Rosalia?

A esperança, ao editar Rosalia, baseia-se na convicção de que tem poder para mudar a consciência nacional galega. É a única figura de talhe universal da literatura galega moderna, de um nível difícil de abranger antes de sumir-se nela, talvez pelo mito enervante que a rodeia, amiúde manipulado pelos renuentes da identidade.

PGL: Desde onde se está mostrando mais interesse nesta edição dos Cantares Galegos?

HM: Distinguiria dous campos, os dous com diversos graus de dificuldade na promoção. No internacional, nomeadamente os países de língua portuguesa, a termos históricos os frutos vão ser fulminantes. O valor simbólico da Galiza para eles é fulcral, prioritário. Solucionar a questão galega e fundacional para o seu futuro. Aí só há questões técnicas de distribuição editorial e a necessidade da nossa mínima perseverância.

O campo galego tem problemática similar, mas dificuldades maiores. A distribuição tem em contra enormes obstáculos, os recursos do estado espanhol, contra os quais só quadra opor uma resistência heroica. Parece tarefa de Sísifo, mas podemos ter confiança. Há forças não muito visíveis a colaborar. A semente sempre é pequena e na terra invisível; ao cabo chega a produzir grandes árvores.

PGL: Quanto tempo levou a adaptação?

HM: Difícil responder brevemente. A computar o precedente da edição da Caixa Ourense de 1986, seriam trinta anos. Ora bem, as mudanças da atual são a sequela do Acordo de ’90. Logo quadra dizer que se precipitaram, fulminantes, desde o momento em que a AGLP decidiu editar os clássicos começando por Cantares. Foram meses, o tempo de enviar os textos quase ao voo do teclado, cruzar opiniões e polir as provas.

PGL: Que pautas seguiu para as atualizações ou modificações da escrita Rosalia aos tempos de hoje?

Começaram sendo ortográficas e continuaram pela peneira léxica. O patamar de 1986 ficava aí, com critérios semelhantes ao da proposta da AGAL na altura. Mas nos últimos anos notei que a minha proposta reintegracionista do ano ’77, ao iniciar em Buenos Aires os cursos de galego, lúcida e aqui eficaz, globalmente não atingia resultados suficientes. Na Terra não chegava perante a magnitude de meios do estado. O recuar do número de falantes a meu ver robora a premente necessidade de reforçar duas notas: o orgulho profundo da identidade e, a par, o nível científico da língua a usar.

É preciso que o instrumento a opor à língua imperial seja de parelha dimensão. No caso do galego-português, como no do catalão, a única via de salvação é romper o feitiço do nome da língua. Do nome da língua e da prática culta correspondente. Os obstáculos internos na alma dos galegos pode rastejar-se mesmo em Pondal, tão orgulhoso em aparência e tão dubitativo na correspondência.

Sei que a pergunta quer resposta concreta. Ponho o modelo de coexistência de alemão e bávaro. Reservo os rasgos dialetais para textos de tom local ou folclórico. Mesmo aí tento atenuar a imagem gráfica diferente, com regras ad hoc: comĩ em vez de comim. Tal qual faz o português reivindico nesses casos ũa.

No caso presente, procurou-se brindar o clássico galego ao conjunto do grande domínio linguístico. Logo as regras são as da língua geral, para centos de milhões. Aí mesmo reivindico todos os rasgos dialetais recebidos pela norma portuguesa (douscousa, etc.), que são testemunhos longes da espera de que fomos objeto sem cairmos na conta.

PGL: Que dificuldades técnicas apresenta adaptar um texto galego clássico a uma norma em construção como é a do português da Galiza?

HM: Não maiores que as do estudo da história da língua. Os falares galegos são os restos maravilhosos da língua comum, têm a vantagem de ser um tesouro que venceu o túnel do tempo. A fantasia de viajar no tempo nas nossas mãos.

Nessas circunstâncias, o processo é similar ao do norueguês, do checo ou do hebreu. Certo que ainda sem os recursos do estado, pelo que cumpre opor a resistência heroica, que muitas vezes compromete o pão.

PGL: Como se consegue esse equilíbrio entre respeito pela tradição mais ao texto e a modernidade?

HM: O equilíbrio é resultado natural da busca. Com paciência sempre aparece a solução. Aliás, a língua popular costuma ser mais constante do que a cultivada nos níveis cultos, sempre mais flutuante. Plauto, arcaico, é mais próximo do vulgar que os escritores da idade de prata.

PGL: Sendo poesia, quais os problemas de respeitar os ritmos, fonotática, prosódia do texto e a habilidade rosaliana para a pauta musical da poesia?

HG:  Deve respeitar-se a obra, a autora e a par ter a máxima fidelidade ao génio da língua. Não tanto nos Cantares, vindos da lírica popular, quanto em Folhas Novas, mais dependente da poesia escrita espanhola, às vezes em Rosalia há sinalefas do castelhano. Cumpre focá-lo com cautela.

A medida e os ritmos acentuais são invioláveis. A competência musical de Rosalia –a meu ver ainda pouco conhecida– é pasmosa. Isabel Rei revelou-me dados biográficos que a mostram como virtuosa em vários instrumentos. É no campo léxico onde ousei embrenhar-me. Às vezes foi preciso traduzir, já em 1986. Eis sabrosas siriguelas mudadas em soborosas ameixas do poema 5, verso 172. Enfim, dar resposta cabal seria repetir grande parte das notas da edição.

PGL: Que procedimento seguiu para o tratamento da etnografia, o folclore e especialmente a toponímia, nas notas de rodapé?

HM: As de rodapé procuram ajudar uma leitura fluida e inteligível dos leitores de língua oficial portuguesa, se breves. As finais são mais desenvolvidas. Mas não fui consequente. Há notas de rodapé algo extensas, quase sempre da autoria de Ângelo Brea. Suponho que algo inconscientemente deixei para as finais a métrica, as considerações sobre o fundo psicológico ou social, e quase todas as notas etimológicas ou etnográficas de cariz novidoso.

PGL: Contou com muitas colaborações desinteressadas neste trabalho? Que motivações moviam estas pessoas?

HM: Com Ernesto Vasques Souza compartilhamos as linhas gerais da edição. Devo destacar o contributo de Ângelo Brea, que preparara uma edição do livro e que a brindou generosamente; dela tirei ideias agudas e apontamentos de história, geografia e etnografia, geralmente incluídos nas notas de rodapé. E lembro as mensagens, muitas, cruzadas com Carlos Durão, Fernando Vasques Corredoira e Crisanto Veiguela Martins, que assumiram as revisões dos textos. Sem eles a edição não teria saído.

Falar em motivações é psicologia facílima neste caso. Carlos também anda longe e a saudade explica muito. Quanto aos outros... antes falei na necessária resistência heroica dos que moram no estado. Só como bons e generosos se compreende comprometerem às vezes o pão, num meio misteriosamente rígido, permeado de ares de mudança, mas ainda cheio de pétreas durezas seculares.

PGL: Como viu a colaboração por Internet com corretores na Galiza, Londres, um editor técnico em Valhadolid e um editor-impressor em Barcelona?

HM: Facílima. Pela idade ainda estou pasmo pela súbita abertura do horizonte que produziu a informática. Que parte tem estar eu na diáspora mais distante? Pois diria que serviu a libertar-me de ligaduras que me travariam estando no vórtice. A distância abriu a consciência da identidade a cada um dos galegos que a cobraram. A mim deu-me uma torre de marfim donde enxergar o passado.

PGL: Cantares Galegos e o Sempre em Galiza são dous livros basilares na identidade e a literatura do país. Agora ambos estão na ortografia comum e disponíveis para todo o nosso universo linguístico. É de esperar que se continue este processo de adaptação de clássicos?

É de aguardar. Creio que acontecerá. Não acontecer seria perder o destino. Não só cabe ter esperança; pressente-se o processo como inadiável, e também como grato, como uma tarefa aprazível que convoca. O dos clássicos, ou “clássicos”, tem algo. Esta será a prova do seu valor. Rosalia é génio universal e aspiro a ver edições dignas de Folhas Novas e, apesar de tradução, também de Nas Ribas do Sar. Salva-se muito de Curros. E pouco de Pondal, confesso, inda que me enforquem e apesar de compartilhar o pendor para os celtas.

Chega tarde o labor? Boa pergunta. Nunca é tarde se o corpo ainda alenta. Na história os tempos são diversos dos humanos individuais. Na mocidade sempre imaginamos chegar a ver os frutos procurados. Mas a história acelera. As prioridades? Tudo é prioritário. Aqui e sempre o paradoxo é guia. O corpo vive se todas as funções trabalham a par. Mas não há lugar para desesperos; lembremos a semente. Desesperar não, trabalhar como se todo dependesse só de nós. O que não façamos nós ninguém no-lo fará.

PGL: Que questões de respeito se suscitam ao intervir numa obra tão simbólica como a de Rosalia?

HM: Escrúpulos muitos, mas o decoro académico já não é meu cuidado. Aqui –e suponho que aí também– há muita burocracia e olhar de esguelha, pouca segurança nas opiniões sinceras. Pus por juiz à mesma Rosalia. Creio sinceramente que ela subscreveria os critérios assumidos, que são os que explicitou.

PGL: Por que uma pola de tojo como portada?

HM: Não sei, não a desenhei. Suponho que é emblema da Terra, a simbolizar algo a par útil, rude, pungente, de formosura perdurável. Como todo símbolo é inefável, ao invés do signo que é discreto. Provavelmente é um símbolo verdadeiro, objeto cheio de conteúdos profundos, difíceis de definir.

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Guerra da Cal e AGLP em Exposição sobre a Língua


Área de Normalização Linguística da Deputação Provincial da Corunha vem de promover a exposição itinerante “A língua galega: história e direitos lingüísticos”, na qual se referenciam vultos históricos do reintegracionismo como Guerra da Cal ou João Vicente Biqueira trazendo ainda entrevistas a figuras contemporâneas como o académico da AGLP Higino Martins.

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AGLP em Florianópolis no 9º Didascálico - Mostra de Arte e Cultura

Cartaz 9º Didascálico - Mostra de Arte e Cultura

Entre os dias 20 e 24 de setembro, o Instituto Federal de Santa Catarina-IFSC realiza em Florianópolis o 9º Didascálico - Mostra de Arte e Cultura. Por segundo ano o Instituto Cultural Brasil-Galiza  e a Academia Galega da Língua Portuguesa integram o evento apresentando literatura galega e outros aspectos histórico-culturais da Galiza.

Ao todo, serão apresentados ao público brasileiro a mostra literária de 8 escritores galegos, elaborados especialmente para esta ocasião, versando sobre o tema "Você vive sem a arte?".

Esta 9ª edição do Didascálico- IFSC, com uma programação [PDF] intensa  exibirá filmes, peças teatrais, apresentações de dança e música, mostra literária, além de oficinas de arte. Em 2009, o evento contou com um público de cinco mil pessoas, entre alunos e comunidade. Para 2010, a coordenação espera um número bem mais elevado de visitantes.

Fonte original:

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