Está a decorrer, nos dias 17 e 18 de julho, a XII Cimeira dos chefes de Estado e do Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Vila de Santa Maria, ilha do Sal, em Cabo Verde. A data coincide com o aniversário da CPLP, que assinala 22 anos de existência no dia 17.
A Academia Galega da Língua Portuguesa organiza um encontro de Lexicografia, subordinado ao tema dos novos vocabulários ortográficos, que terá lugar o dia 21 de julho na Casa da Língua Comum, em Santiago de Compostela, com início às 12 horas, com os seguintes oradores:
Ana Salgado: «Apresentação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa em linha, da Academia das Ciências de Lisboa».
Carlos Durão: «O Vocabulário Ortográfico da Galiza como contributo ao Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa».
Isaac Alonso Estraviz: «Critérios lexicográficos orientadores da atualização do Dicionário Estraviz».
A introdução do Acordo Ortográfico nas políticas dos países de língua oficial portuguesa, especialmente a partir de 2008, conduziu à progressiva atualização e adaptação de diversos instrumentos normativos como dicionários, vocabulários ortográficos e corretores informáticos, bem como à criação de novos materiais de apoio ao consulente ou estudante. Assim, pode encontrar-se vocabulários nacionais e o Vocabulário Ortográfico Comum.
Neste processo, o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, organismo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tem assumido a responsabilidade da coordenação das diversas Comissões Nacionais e, em último caso, das decisões sobre a escrita correta de algumas formas lexicais que, atendendo à literalidade do texto do Acordo Ortográfico de 1990 ofereciam dúvidas interpretativas.
A tomada de decisões, bem como os vocabulários ortográficos produzidos desde 2008, entre os quais o Vocabulário Ortográfico da Galiza, da Comissão de Lexicologia e Lexicografia da AGLP, e o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia das Ciências de Lisboa, podem ser de interesse e utilidade para os estudantes, investigadores e autoridades interessadas na política linguística, constituindo contributos úteis para a dinamização de uma área de conhecimento, a Lexicografia, em permanente atualização.
O Encontro terá lugar na Casa da Língua Comum, rua de Emílio e de Manuel, 3, r/c Santiago de Compostela. Entrada livre.
Eis uma presa de etimologias achadas ao longo de trinta e cinco anos de pesquisas, muitas já publicadas em atas de congressos, em revistas, no livro sobre As tribos calaicas ou na Rede. As notícias certamente valem se atinam, mas é que estas ainda não tiveram a ocasião de serem refutadas.
Dificuldades há, muitas e complexas. A cultura galega não é viável na conjuntura. As periféricas no estado espanhol não fruem de muita simpatia. Aliás, a projeção da língua portuguesa no mundo ainda não tem o peso proporcional à dimensão demográfica. Lavrar nessa seara não é apenas um labor necessário. Também é labor que dá felicidade, o que é prova da certeza da singradura. E já se sabe que navegar é necessário.
A ordem foi complexa. Reflete o tempo em que essas origens foram surgindo. Repeti, isoladas, algumas já inseridas em conjuntos, se a importância aconselhou salientá-las: eis os vocabulários do calçado arcaico e o da insânia. A preguiça e a imperícia são as autoras do resto das mágoas. Se há mérito é o da ingenuidade e a ousadia; o pecado que não quis cometer é o de calar o que me parecia claro, mesmo sem os antecedentes do académico decoro. Prefiro ser o rapaz que vê a nudez do rei e correr o risco de ficar envergonhado.
Ao cabo surge um quadro nítido da situação linguística do oeste da península (também do resto) no milénio primeiro. Foi surpreendente dar com provas da pervivência de uma língua indo-europeia pré-romana de tipo céltico até os arredores do ano mil, coexistindo com um latim republicano assaz arcaico. A língua pré-romana mostra um perfil próximo do céltico goidélico. Foi falada por toda a península, como materna ou como franca (nos iberos e bascos). Por muito tempo pôde evitar-se a questão sob pretexto de as palavras pré-romanas óbvias serem de datação impossível. Assim ficava inconteste a ideia de a latinização ser quase fulminante.
Mas ora antropónimos (Orraca, Ordonho), topónimos (Samos) e apelativos (esquerda) destruem o cómodo da data incerta e desafiam qualquer a rebater. A par, muitas outras palavras roboram mais cada vez a condição céltica da língua tanto tempo esquecida, céltico de labiovelar intacta, de tipo goidélico. O número de palavras do fundo céltico é esmagador. A falta no nosso âmbito de estudos sistematicos de linguística céltica somente em parte pode explicar um silêncio tão prolongado, que cada vez se parece mais com a nudez do rei do conto de Andersen.
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A Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associaçom Galega da Língua e a Fundaçom Meendinho, com a adesão da Associaçom de Estudos Galegos, enviam carta ao Presidente do Governo Autónomo da Galiza, Alberto Núñez Feijoo, a respeito da Lei para o Aproveitamento da Língua Portuguesa e Vínculos com a Lusofonia, aprovada no Parlamento autónomo em março de 2014. Reproduzimos o texto na íntegra.
A Casa da Língua Comum, de Santiago de Compostela, foi o espaço em que a AGLP celebrou o do Dia da Língua Portuguesa e Culturas da CPLP, no sábado 5 de maio.
A Academia Galega da Língua Portuguesa divulga uma entrevista à Doutora Georgina Benrós de Mello, Diretora Geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, que foi registada o dia 7 de abril, durante a sua assistência ao II Encontro de Mulheres da Lusofonia. A Diretora Geral responde perguntas sobre a importância das mulheres na CPLP, a possibilidade de a Galiza vir a fazer parte desse organismo internacional, e uma valorização do trabalho da AGLP e do próprio Encontro de Mulheres que se estava a desenvolver na Casa da Língua Comum, sede da AGLP, em Santiago de Compostela
O 5 de maio é o dia instituído pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa para organizar atos que celebrem o dia da Língua Portuguesa e Cultura na CPLP. Este ano, pela primeira vez, a Academia Galega da Língua Portuguesa vai colaborar nesta celebração, em coerência com a sua admissão na categoria de observador consultivo desse organismo internacional, em julho de 2017.
Organizado pela Câmara Municipal da Praia e a UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa, terá lugar nessa capital, de 19 a 21 de abril, um novo Encontro de Escritores, que reunirá personalidades de diversas latitudes. O evento contará com a participação do Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, o Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, bem como o Presidente da UCCLA, Vítor Ramalho, e diversas personalidades e escritores de Angola, China, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Pela Galiza, em representação da Academia Galega da Língua Portuguesa, estará presente a académica e escritora Concha Rousia, que intervirá com uma comunicação subordinada ao título "Mudança de narrativa linguística na Galiza". O encontro inclui atividades paralelas como uma mostra / feira do livro, a exposição "Praia e Literatura", ou visita ao Tarrafal.
II Encontro de Mulheres na Lusofonia: Mulheres, Territórios e Memórias
Santiago de Compostela. 6, 7, 8 de abril
A Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associação Pró-AGLP e a UMAR-União de Mulheres Alternativa e Resposta organizam o II Encontro de Mulheres da Lusofonia: Mulheres, territórios e memórias. O encontro visa criar uma rede plural feminista de mulheres do espaço lusófono, potenciando um entrecruzamento de diálogos, de experiências e de conhecimento.
O Encontro conta com o apoio da Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa dos Observadores Consultivos da CPLP, do Concelho de Santiago, da Livraria Lila de Lilith de Compostela, do Museu do Aljube. Resistência e Liberdade de Lisboa, do Projeto Cárcere da Corunha, da Marcha Mundial das Mulheres-Galiza, da Plataforma Femista Galega, da Ondjango Feminista (Angola) e da Fórum Mulher (Moçambique).
CPLP apoia “II Encontro de Mulheres da Lusofonia: Mulheres, territórios, memórias”
O sábado 30 de dezembro, pelas 10 horas terá lugar na Casa da Língua Comum, sede da Academia Galega da Língua Portuguesa, um ato público de homenagem a José Luís Fontenla Rodrigues, em que intervirão o presidente da Academia, Rudesindo Soutelo, o académico Joám Trilho, que recordará a intensa atividade cultural, cívica, editorial e política do protagonista, durante quase 5 décadas. Seguidamente o professor Luís Fontenla (filho) e finalmente o próprio homenageado e doador da biblioteca, José Luís Fontenla Rodrigues.
O ato servirá para fazer entrega à família Fontenla do inventário e catálogo da biblioteca, com mais de 9200 títulos, trabalho realizado sob a responsabilidade de Joám Trilho durante a sua etapa de arquiveiro da AGLP. Na mesma jornada o catálogo será disponibilizado, para consulta pública, na página web www.academiagalega.org
Lugar: Casa da Língua Comum - Rua de Emílio e de Manuel, 3, r/c
(Castinheirinho) - 15702 Santiago de Compostela
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A Academia Galega da Língua Portuguesa foi admitida na Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, dos Observadores Consultivos da CPLP, na sessão que teve lugar o dia 21 de novembro, da qual fazem parte instituições da sociedade civil de diversos países de língua portuguesa, às quais adere a AGLP, na sequência da concessão do estatuto de Observador Consultivo da CPLP, acordado pela XXII Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP realizado em Brasília em 20 de julho de 2017.
A Comissão Temática de Promoção e Difusão da Língua Portuguesa é uma estrutura operacional criada no âmbito dos Observadores Consultivos da CPLP que desenvolve actividade específica de debate e de troca de experiências sobre temas da sua área de competência, com vista à identificação e partilha de boas práticas e da implementação de projectos comuns, sempre enquadrada na ação geral prosseguida pela CPLP e com observância do estabelecido no Regulamento dos Observadores Consultivos.
No espaço da internet da Comissão indica-se que «A adoção do Plano de Ação de Brasília para a Promoção e Difusão da Língua Portuguesa, em 2010, permitiu a criação de um instrumento que pudesse constituir a base de atuação nesta matéria. Foram identificadas as prioridades de implementação da língua portuguesa nas organizações internacionais; a promoção da língua portuguesa, nomeadamente através do ensino da língua no espaço da CPLP e do seu fortalecimento como língua estrangeira; a implementação do Acordo Ortográfico, que privilegia a existência de terminologias científicas e técnicas harmonizadas em todo o espaço da CPLP; a difusão pública, através da produção e disseminação de conteúdos audiovisuais em língua portuguesa; a importância e especificidade das diásporas, que são muitas vezes os embaixadores da língua portuguesa pelo mundo fora; e a participação da sociedade civil, na concretização das metas políticas».
Atualmente a sua coordenação corresponde à Doutora Maria Helena Melim Borges, em representação da Fundação Calouste Gulbenkian, com sede em Lisboa.
A AGLP teve a triste notícia do falecimento, no dia 3 de novembro, de Maria Manuela Ribeira Cascudo, ativista cultural lusófona e professora de língua e literatura galegas no ensino secundário.
Integrada em diversas associações culturais galegas, colaborou em numerosas iniciativas e atividades de difusão do reintegracionismo, bem como congressos internacionais para a promoção da língua.
Na página do Modelo Burela lembram que a Manuela, como muitas galegas, nascera fora da Galiza, concretamente na Bélgica, filha de emigrantes galegos. Passou os primeiros anos e parte da juventude como parte da emigração galega no país, frequentando o secundário nas localidades de Schaerbeek e Antuérpia.
Ainda que seus pais eram das Pontes, a vida levaria-a mais para o sul: depois de formar-se em Filologia Românica na Universidade de Santiago de Compostela, exerceria a docência nas localidades de Ginzo e Ourense. Para além disso, acabaria fixando a morada em Alhariz, junto o seu companheiro, o académico Isaac Alonso Estraviz.
Descanse em Paz.
Fonte: http://pgl.gal/deixou-nos-maria-manuela-ribeira-cascudo/